quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Da rápida evolução.




Blog deserto! Oo
Mas não ligo mais pra quantos comentários vão estar no blog, ou se vão ter comentários...
Até porque, isso está virando um diárionline, coisa assim...Mas enfim, não vou parar de escrever, sendo que esse é o mágico de ter um blog.

As minhas férias podiam ser mais extensas ou pelo menos, ser FÉRIAS, propriamente dito, porque nesse tempo de pausa do colégio, acho que fiz mais atividades do que o ano passado inteiro:
-Sou do grêmio estudantil;
-Faço teatro adoidado! Não existe férias para ator(salvo os que ganham bem...);
-Tenho uma banda, se bem que esse é o item que menos vivi nas pseudo-férias;
-Faço estágio na prefeitura, já é um turno do dia morto;
-Tô pendurada no colégio:Tenho 2 trabalhos para entregar em março, e não fiz nenhum até meio de fevereiro(por não ter tempo).
-Ah, e ALOOOU, eu durmo, claro...Pouco, mas o faço.
-Ah,e deu pras minhas necessidades femininas...é, a minha sombrancelha pede socorro!

Quando somos crianças queremos ser adultos, porque achamos intediante sentar e ver Castelo Rá-tim-bum comendo plic-plac ou ficar a tarde brincando de panelinha, mas não sabemos que essa é a melhor fase da vida.
Sem preocupações, sem a correria por dinheiro nesse mundo capitalista.
A vida adulta é como no mundo animal e instintivamente o maior come o menor. É uma eterna luta, às vezes sem resultado.
Sei que tenho apenas 17 anos, mas se eu pudesse estacionaria por aqui, pois logo mais adiante vou ter que enfrentar a faculdade, aluguel, chefe... É um caminho rotineiro e cansativo. Onde sempre vai ter alguém melhor e alguém pior.
Sentar e comer plic-plac agora, certamente é uma utopia...
Sabe qual é o pior de ser adulto?
Porque quando se começa a ter responsabilidades, quando algo ou alguém fica dependente de ti, NÃO existe volta...É um caminho que todos tem que trilhar, sem saída. Todos um dia vão ser adultos. E quem tentar fugir disso ou fica louco, ou miserável.
Creio que a única coisa que se pode fazer é aproveitar. Não só a infância e os plic-placs, mas cada momento mesmo, porque, agora eu tenho 17 e estou quase louca...e acredito que só tende a priorar.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Complexada ou Realista?

Creio que posso ser os 2!
Complexada por às vezes deixar de ir a lugares e/ou surtar.
Realista porque, convenhamos, não me encaixo no padrão de beleza que a mídia apresenta e querendo ou não, influencia.
A gota d'água dessa vez foi uma menina no parque da redenção.
Nunca tinha a visto e, como se eu tivesse feito algum mal pra ela, a menina começou a me ofender no meio do parque.
Admito que me senti muito intrigada com as ofensas dela, até porque minha auto-estima não é lá essas coisas, e o pouco que restava foi pisoteada pela menina de boina rosa.
Ela só parou de me xingar quando avistou uma mulher deficiente e então começou a rir dela. Até que ponto vai a crueldade das pessoas! Isso me deixou estática, e sem reação nenhuma.
Já não basta o preconceito diário que deficientes passam, sempre tem uma pessoa sem coração que piora a situação.
E em relação a mim, me senti um lixo depois disso.
Minha mãe disse que pessoas que fazem esse tipo de coisa tem inveja mas, inveja de que? A moça era lin-da.Perversa, mas linda.
Agora a tal de boina rosa nem lembra de mim, deve estar rindo de outras pessoas. Mas em mim as palavras dela se eternizaram.
Agora estou, tomando providências.
Não! Não vou investigar a vida da assassina de auto-estima, mas acabar com o motivo do xingamento :
"Olha, essa guria acha que tem estilo...baita gorda ...hahaha"
Então...para não correr mais riscos de depressão estética:
Dieta aí vou eu.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A arte do Azar.



Em um bairro da Porto Alegre, vive Carolina Braga.
Carolina é uma menina de 17 anos com prazeres momentâneos que gosta de "aproveitar o momento", desde que fizera uma cirurgia e quase viera a morrer, e isso a atrapalha às vezes. Ela faz estágio em uma secretaria da prefeitura de Porto Alegre e trabalha com processos de telefonia, empresas,etc. O chefe dela ,André, é um homem velho , porém, divetido, a quem ela preza muito respeito.
Quando tem processos encaminhados para o centro ela desce até o térreo e pega o "trem"(carro locado) das 3h em ponto(que é o único da tarde).
Na segunda-feira, estava cheio de processos pelo atraso do feriado de carnaval em cima de sua mesa, quando olha no relógio: 3h08min
_"DEMISSÃO!!"
Então rapidamente, Carolina pega o telefone discando 8813(ramal dos veículos locados)
_" O trem já saiu?"
_"Saiu sim", diz o outro lado da linha.
Ela pensa: "ME F*** AFU!"
Tentando remediar o erro cometido, começa a mexer nas coisas e ajeitar de um jeito assustador para espectadores, faz um café e derruba no celular do chefe que carregava ao lado da cafeteira.
_"AHHH DEMISSÃO!!!"
Treme feito louca, com olhos esbugalhados. Senta em frente ao computador depois de limpar o celular do chefe e não olha pra trás por nada, pois é lá que ele fica sentado.
Atende a todos os telefonemas. Anota todos os recados por mais que André saiba a respeito deles.
_"Carolina, encaminha esse processo pra DCON por favor.", diz André rindo por ver a cara de assustada dela.
_"Claro". E sem mais demora, vai indireitando tudo pra encaminhar.
_"Pronto!", pensa.
Então vai até o segundo andar pra entregar o processo e volta.
Oito minutos depois liga uma moça da DCON, perguntando sobre o tal processo.
_"Olha esse processo é urgente, preciso dele aqui!"
_"Mas moça, eu acabei de levá-lo aí, mas darei mais uma ohada aqui e no sistema."
Carolina olha para a guia de andamento e lê uma palavra que fez com que sentiu como se a alma saisse e voltasse rapidamente para o corpo:
ORGÃO DE DESTINO: SECON
P*** ME F***...agora sim...DEMISSÃÃÃO! Era pra DCON e não pra SECON!!!!
Carolina então pede desculpas para André, que ri.
Então ela arruma rapidamente e as coisas e vai fazer o que melhor sabe fazer: cuitir o momento, em frente a uma máquina de fliperama.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Die.



"Primeiro, as cores.
Depois, os humanos.
Em geral, é assim que vejo as coisas.
Ou, pelo menos, é o que tento.

-EIS UM PEQUENO FATO-
Você vai morrer.

Com absoluta sinceridade, tento ser otimista a respeito de todo esse assunto, embora a maioria das pessoas sinta-se impedida de acreditar em mim, sejam quais forem meus protestos. Por favor, confie em mim. Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esse são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo.

-REAÇÃO AO FATO SUPRACITADO-
Isso preocupa você?
Insisto_não tenha medo.
Sou tudo, menos injusta.
_ É claro, uma apresentação.
Um começo.
Onde estão meus modos?
Eu poderia me apresentar apropriadamente, mas, na verdade, isso não é necessário. Você me conhecerá o suficiente e bem depressa, dependendo de uma gama diversificada de variáveis. Basta dizer que, em algum pouco tempo, eu me erguerei sobre você, com toda a cordialidade possível. Sua alma estará em meus braços. Haverá uma cor pousada em meu ombro. E levarei você embora gentilmente.
Nesse momento você estará deitado(raramente encontro pessoas de pé). Estará solidificado em seu corpo. Talvez haja uma descoberta; um grito pingará pelo ar. O único som que ouvirei depois disso será minha própria respiração, além do som do cheiro dos meus passos."
Prazer, eu sou a Morte.

Trecho do livro "A menina que roubava livros" de Markus Zusak.