domingo, 21 de fevereiro de 2010

Triste mesmo é a realidade humana.
Que se apega a tudo de ruim que acontece no presente, e sente nostalgia, lembrando de tudo que houve de bom no passado e achando que o tempo bom já foi.
Isso é sobreviver.
Vida cíclica e tão previsível quanto o sono e a fome.
O café amargo é engolido sem careta, o mecanismo toma conta do ser.
Já não mais distingue o dia e a noite, a quarta do domingo. Não distingue pessoas, pois estas já não aparecem como seres, mas como fantasmas, sombras paralelas que se juntam com a fumaça dos carros.
Como parasitas sugam todo o suco venenoso, as proteínas urbanóicas, carboidratos desidratados, pó e bafo.
Tudo igual. Quando dormem, não sonham. Apenas deitam depois de um jantar na frente da TV.
E num outro dia, é o mesmo dia. É tudo igual nessa vivência. Sobrevivência. Ou melhor, subvivência humana.